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Entenda os transtornos alimentares e os seus prejuízos para a saúde

O surgimento do transtorno alimentar
Embora transtornos alimentares só comecem a aparecer em estudos específicos a partir do século XIX, comportamentos compatíveis com os seus sintomas são relatados desde a Idade Média.

A crescente atenção ao tema no século passado se dedicou a classificar os diferentes tipos de transtornos, suas causas, e, principalmente, os sinais de sua presença.

É essencial conhecer os sintomas, a fim de ajudar quem precisa. São eles:

Preocupação excessiva com o corpo (peso, aparência, etc);
Isolamento social por vergonha do próprio corpo;
1 Fazer dietas constantemente;
2 Apresentar sentimento de culpa depois das refeições;
3 Preocupar-se constantemente com que alimentos irá comer;
4 Induzir vômito ou realizar exercícios físicos intensos após a alimentação, como forma de compensar as 5 calorias ingeridas;
6 Procurar motivos para não comer;
7 Perder peso rapidamente.
Ao observar essas situações, é importante orientar a pessoa a procurar ajuda profissional e eventualmente diagnosticar o problema o quanto antes.

Mas quais são os possíveis transtornos alimentares? Vamos ver agora!

Anorexia
Mais conhecido transtorno alimentar, a anorexia também é o que vem sendo estudado há mais tempo, aparecendo na literatura científica desde o século XIX.

Também é o transtorno mais perigoso, pois gera sério risco de morte. Isso porque a anorexia consiste em reduzir drasticamente a ingestão de alimentos pela preocupação excessiva em ganhar peso.

Essa redução tende a começar pelos alimentos mais calóricos e ir se agravando com o tempo, provocando uma perda de peso muito rápida. O paciente chega ao ponto de não comer praticamente mais nada; no entanto, segue achando que está acima do peso.

Esse transtorno alimentar é extremamente grave; a anorexia pode provocar sérios prejuízos nutricionais no organismo, causando danos a longo prazo. Em casos mais sérios, pode provocar a morte do paciente.

Bulimia
Diferentemente da Anorexia, quando a pessoa evita comer, a Bulimia é o ato de comer e realizar alguma atividade compensatória em seguida. A mais comum é provocar o vômito, o que, além de impedir a absorção total dos nutrientes ingeridos, provoca acidez no esôfago e garganta, podendo levar a complicações nessas áreas.

Embora o vômito seja o recurso mais comum, pacientes com esse transtorno alimentar também podem fazer uso de medicamentos diuréticos ou laxantes depois de comer. A prática exagerada de exercícios físicos após a alimentação também é recorrente.

Todas essas ações são maneiras do bulímico tentar “compensar” a grande quantidade de calorias que ingere – e todas são muito danosas à saúde.

Diferentemente do anoréxico, o bulímico não tem uma grande perda de peso, o que pode dificultar a percepção do transtorno por parte de outras pessoas. Assim como na anorexia, contudo, procurar ajuda o mais rápido possível é fundamental.

Compulsão alimentar
Nome curto para Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), também conhecido como hiperfagia, é a conhecida atitude de “descontar”, na comida, problemas pessoais, ansiedade e estresse, por exemplo.

O paciente com esse transtorno alimentar ingere uma enorme quantidade de alimentos num curto espaço de tempo. Os momentos de compulsão podem proporcionar a ingestão de até quinze mil calorias – quase oito vezes a necessidade diária de uma pessoa comum.

Diferentemente da bulimia, na compulsão alimentar o paciente não busca “compensar” as calorias ingeridas. No entanto, é comum que tenha a sensação de que não tem controle sobre o que come, podendo ser acometido pelo sentimento de culpa.

A compulsão é perigosa pois pode levar rapidamente à obesidade. Com efeito, estima-se que 30% dos obesos sofram com esse transtorno alimentar.

Outros transtornos alimentares
A lista de transtornos alimentares é enorme. Vamos falar sobre alguns deles:

O Tare, sigla para Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo, ocorre quando o paciente se recusa a comer um grupo alimentar específico. A motivação pode ser a aparência dos alimentos, sua cor, cheiro, textura ou o próprio gosto. É mais comum em crianças.

A alotriofagia, por sua vez, é o costume de ingerir itens que não são alimentos: terra, tecidos, pequenos objetos, ou comer alimentos sem preparo (batata crua, por exemplo) ou tempero puro.

Também há a ruminação, quando o paciente habitualmente regurgita uma pequena porção de sua última refeição e a mastiga novamente, podendo cuspir ou engolir em seguida. Esse transtorno pode provocar perda de peso e aumenta a acidez do esôfago, garganta e boca.

O transtorno alimentar noturno é relativamente comum e ocorre quando a pessoa começa a comer muito à noite. Também pode acordar durante a noite para comer. É um transtorno que tende a provocar ganho de peso, podendo culminar em obesidade.

Qualquer transtorno alimentar ocorrido durante a gravidez também é uma pregorexia. Essa denominação existe pois as preocupações com a gestação podem estar entre as causas do problema; além disso, qualquer transtorno pode ter enormes impactos sobre a gestação, causando até aborto espontâneo em alguns casos.

Por fim, temos uma série de transtornos alimentares ainda não totalmente reconhecidos como tais pela comunidade científica. São eles a ortorexia, preocupação exagerada com alimentos saudáveis, puros e naturais; diabulimia, quando o diabético reduz ou interrompe o uso de insulina com o objetivo de perder peso; drunkorexia, marcada pela substituição da comida por bebida alcoólica como forma de inibir o apetite; e fatorexia, quando o sujeito simplesmente não percebe que está acima do peso.

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